Polícia

Babá morta por patroa em Manaus foi agredida e retirada à força da casa de amiga um dia antes do crime, diz a polícia

Novos detalhes do crime foram divulgados pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (26) em Manaus.

A babá Geovana Costa Martins foi agredida brutalmente e retirada a força da casa de uma amiga pela patroa Camila Barroso, um dia antes de ser dada como desaparecida. Os novos detalhes do crime foram divulgados pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (26) em Manaus.

A jovem foi morta pela patroa e teve o cadáver ocultado pela mesma, no dia 19 de agosto. Segundo a polícia, o corpo da vítima foi encontrado em 20 de agosto e identificado pela família cinco dias depois. Até o momento, apenas Camila Barroso e um homem, identificado como Antônio Chelton Lopes de Oliveira, de 25 anos, estão presos. Chelton foi preso nesta quarta-feira (25) e outras duas pessoas estão foragidas.

De acordo com a delegada Marília Campello, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), a babá estava na casa de uma amiga, quando começou a receber várias ligações da patroa para voltar para residência onde morava. Após ser ignorada, Camila foi até o local, agrediu e retirou a jovem a força do lugar.

Ainda de acordo com a delegada, fotos do rosto da jovem repleto de hematomas foram tiradas pelo celular da própria babá na mesma data, no dia anterior ao crime.

Campello também revelou que a patroa mandou mensagens para a amiga de Geovana perguntando do paradeiro da babá. As mensagens foram enviadas na noite seguinte ao episódio da agressão e a polícia acredita que a jovem já estava morta neste momento.

“Ela tira a Geovana a força da casa da amiga e no dia 19, à noite, provavelmente a Geovana já está morta, ela manda mensagem para essa amiga perguntando da Geovana. Foi uma dissimulação do início ao fim achando que a polícia não chegaria por conta desses álibis que ela tentou formar”, disse a delegada.

A PC-AM também confirmou que a investigação apontou para a participação de um quarto suspeito na tentativa de ocultação de cadáver, mas que não teve a identidade divulgada. A polícia não deu mais detalhes para não comprometer as investigações.

Um homem identificado como Eduardo Gomes da Silva também está sendo procurado por suspeita de participação na morte da babá. Ele é considerado foragido pela Justiça.

O caso
A delegada Marília Campello, que está à frente das investigações, contou que Camila Barroso usava a casa em que morava com Geovana como ponto de prostituição. No local, a jovem era obrigada a fazer programas sexuais.

Ao longo das investigações a polícia disse também ter identificado que havia outras meninas que eram exploradas sexualmente no local, mas apenas Geovana Costa mantinha a casa como residência fixa.

A delegada relatou ainda que além de manter a jovem cárcere privado, Camila a proibia de manter contato com outras pessoas, como o ex-namorado, além de ameaçá-la caso saísse da casa. Ela aterrorizava a vítima com o argumento que teria sido esposa do criminoso Mano Kaio, considerado um dos líderes do tráfico de drogas no Amazonas e foragido no Rio de Janeiro.

Fonte: Lucas Macedo, g1 AM

 

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